O que acontece com as sobras de alumínio na Alumiconte?
Apesar de ser o metal mais abundante na Terra, o alumínio não se encontra naturalmente na forma metálica. Foi somente em 1824 que o dinamarquês Hans Christian Oersted conseguiu isolar o alumínio na forma como o conhecemos hoje.
Hoje em dia, o alumínio possui as mais variadas aplicações, desde latas para bebidas, até peças de carros e equipamentos eletrônicos, com presença cada vez maior na construção civil, contribuindo para que as moradias se tornem cada vez mais ecologicamente corretas, devido à sua longa durabilidade e baixa necessidade de manutenção. Com a crescente conscientização em relação à sustentabilidade, a reciclagem do alumínio tem sido praticada em grande escala, gerando benefícios para o meio ambiente e para toda a cadeia de produção envolvida.
Estima-se que uma latinha demore entre 100 e 500 anos para se decompor no solo. Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) calcula que em aproximadamente 60 dias uma latinha de alumínio reciclada volta para o consumidor final. Com esses números, fica fácil entender o porquê da versatilidade deste metal e sua importância para diversas indústrias.
Além disso, vale lembrar também que quanto mais produtos recicláveis são utilizados, menor a necessidade de extração da matéria-prima. Por ser obtido a partir do minério bauxita, a extração inevitavelmente provoca impacto no solo e nos corpos hídricos. Para extrair o alumínio é feito um processo de refino da bauxita que resulta em um pó branco, chamado de alumina. Em seguida, a alumina passa por um processo eletroquímico e é transformada em alumínio.
Entre os países em que a reciclagem de alumínio não é obrigatória, o Brasil é o maior reciclador do mundo. Cerca de 98% do alumínio produzido em nosso país volta para a cadeia produtiva através do processo de reciclagem. São cerca de 360 mil toneladas de alumínio que passam pelo processo de reciclagem em nosso país anualmente.
Aqui na Alumiconte, 100% da sucata de alumínio gerada é reciclada e volta para a cadeia produtiva. Basicamente, este processo ocorre da seguinte forma:
1º – As sucatas de alumínio são separadas em duas categorias: com e sem acabamento de superfície (entenda-se por acabamento pintura ou anodização).
2º – O alumínio natural (sem acabamento) é destinado ao setor de Lingotamento de Alumínio, onde é separado e organizado;
3º – Fundição do metal à 750ºC;
4º – O processo de fundição (derretimento) gera o alumínio líquido;
5º – Em forma líquida, o alumínio é depositado em moldes retangulares, formando lingotes, que facilitam seu empilhamento e transporte;
6º – Os lingotes são organizados em pilhas de 750kg e juntamente com o material que contém acabamento de superfície, são destinados às empresas parceiras que finalizam o processo de reciclagem, nivelando suas propriedades físicas e químicas e posteriormente os transformam novamente em tarugos de alumínio, matéria-prima utilizada para a produção de nossos produtos.
Na Alumiconte, centenas de toneladas do metal são destinadas à reciclagem anualmente, resultado da soma entre o que é gerado em nosso processo produtivo e os resíduos de nossos clientes, os quais retornam à empresa para que tenham destinação correta.
Aproveitando o tema, trouxemos mais alguns dados interessantes:
– A reciclagem de um quilo de alumínio economiza a extração de cerca de quatro quilos do minério bauxita (matéria-prima).
– O processo de reciclagem de alumínio utiliza apenas cerca de 7% da energia elétrica usada na produção primária deste metal.
– Para gerar um quilo de alumínio são necessárias cerca de 75 latinhas de refrigerante, suco ou cerveja.
Além da versatilidade do alumínio, sendo ao mesmo tempo um material durável e maleável, suas variadas aplicações, desde construção civil, linha moveleira, eletrônicos e embalagem de bebidas, ele é importantíssimo também pela sua facilidade de reciclagem, contribuindo para o meio ambiente e gerando oportunidades de emprego.
Adinan M. Girotto
Supervisor de Produção